VOLTA MALUCA II (Munhoz/MG)


13/07/2013 - Uma Cicloviagem? Talvez não, mas a sensação era de estar vivenciando uma!!
O pedal Volta Maluca ressurge com sua versão II, traçada pelo amigo pedaleiro Marcos Goes. 

Neste sábado escolhido para o desafio, ás 4h da matina já estava de pé e pronto para ir até Jaguariúna e lá encontrar o Marcos e o Raphael. As 4h30 ou mais ou menos isso, estávamos juntos no Centro Cultural de Jaguariúna e seguimos rumo a Monte Alegre do Sul.



Chegamos por lá arrumamos tudo ainda no escuro da madrugada. Enquanto montávamos uma bike e outra, enquanto nos arrumávamos, aproveitamos para ir comendo alguma coisa para forrar o estomago antes do início do desafio.


O primeiro trecho da trilha já era um caminho conhecido por nós, de Monte Alegre até Socorro.  Trecho este que praticamente os primeiros 12 km são de subidas e ao chegar em um dos platôs o Astro Rei nos presenteou com sua grandiosa presença e com isso nos proporcionando um visual fabuloso.


Chegamos na cidade de Socorro, ainda no estado de São Paulo, e fizemos a primeira parada na conveniência que já estamos acostumados a parar e lá um simples café com leite aqueceu os esqueletos e seguimos viagem. Agora a caminho de Munhoz, cidadezinha do sul de Minas Gerais. Este trecho prometia nos presentear com uma altimetria forte e como a proposta é essa, bora lá ver o que nos esperava...

Realmente pegamos algumas subidas "brabas" mais já diz a lenda que "os caminhos mais difíceis levam aos lugares mais incríveis" isso é a mais pura verdade, veja só...






 

Munhoz, pelo horário, foi escolhida para o nosso almoço e por lá existe "apenas" um local que serve refeição que fica no posto de combustível na saída da cidade. Comidinha boa, usamos o banheiro, reabastecemos de água e forças e fomos embora. Próximo destino, outra cidade mineira, Toledo.

Por lá fizemos um pit stop num mercadinho que fica na própria trilha, bem próximo à uma pracinha. Nele as coisas são um pouco mais baratas, pois tomei um Gatorate e comi um Charge por 5 pilas. Alguns lugares, só o Gatorate fica em torno de 5,50 ~ 6,00 reais.

O caminho inteiro eramos surpreendidos por subidas, alguma poucas eram curtas, mais tinham outras que vou te falar uma coisa, estava ficando cada vez melhor!!! Em Toledo, cruzamos a fronteira estadual de MG/SP e após alguns quilômetros e várias subidas, chegamos à cidade de Pedra Bela. Cidadezinha bacana e com o seu charme.



Quando retomamos o pedal, fomos seguindo o GPS e adivinha onde a trilha nos levaria? Simplesmente para o ponto mais... e mais... e mais alto da cidade, o mirante de Pedra Bela, a pedra que dá o nome a cidade e onde existe uma mega tirolesa com 2 km de distância. Imagina subir aquilo tudo e estando com quase 100 km pedalados no mesmo dia, realmente não foi muito fácil, mais não intransponível.

Na foto abaixo fica a exemplificação de onde estávamos e onde tínhamos que chegar... está vendo onde o Goes está? Agora olha o morrinho na frente e a capelinha no topo dela... era lá!! Ou melhor, FOI lá!!!!


Ao atingirmos o cume, o sol estava a despedir-se de nós e o visual lá de cima foi sensacional! Neste momento passamos a pedalar com corta vento e a iluminação instalada e ligada. 


Não estava tão frio para quem estava parado, porem para quem estava a suar com as subidas e descer a quase 70 km/h o vento estava judiando dos pedaleiros. Eu em especial, fiz a proeza de ficar resfriado a quinta-feira que antecedeu o desafio. Medicado, apenas a garganta estava a me atrapalhar e no final estava quase sem voz e não foi porque falei muito não, a culpa foi do vento no corpo molhado e a poeira que respirava e ressecava ainda mais a bendita garganta já comprometida.

Passamos por algumas descidas que pelo fato de estarmos na noite, somente os faróis iluminado o caminho e sem enxergar 100% o que tinha a nossa frente isso nos proporcionava uma sensação de adrenalina muito boa. Tanto que a minha máxima de batimento cardíaco se deu em uma dessas descidas, achei estranho, porém nada preocupante.

Quando restavam cerca de 20 km para o final, chegamos no município de Pinhalzinho, onde sinceramente não ficamos muito confortáveis, pois paramos em um quiosque de frente a praça central e por lá muitos sujeitos com aparência e vestimentas não tão simpáticas, nos incomodavam com sua proximidade das bicicletas estacionadas ao nosso lado. Fizemos uma rápida parada neste lugar para comer um lanche, pois naquele momento precisávamos nos alimentar de alguma coisa salgada e finalizar o circuito.


No trecho que ainda restava, tivemos a surpresa de pegar uma ou outra subida pra acabar de arrasar com a musculatura, mais quando caímos no último trecho com 10 km de asfalto, parecia que tinha acabado de começar o pedal e o ritmo foi de "volantão" até chegar em Monte Alegre.
Chegando lá, por já termos comido em Pinhalzinho, o esquema foi somente arrumar as bikes nos carros e seguir rumo a nossas casas. 

Começamos o desafio pontualmente as 06h da manhã, como era planejado. O horário de conclusão foi as 21h30 na qual nos surpreendemos, pois imaginávamos chegar mais tarde pela dificuldade que estávamos imaginando antes de cair na trilha.

Este pedal também foi um Explorer, conhecíamos apenas uns 22 dos 136 km que iríamos pedalar e a maior dificuldade foi no trecho entre as cidades de Munhoz e Toledo pois ao traçarmos no Google a quantidade de nuvens da região não deixou que tivéssemos completa certeza do trajeto. Perguntamos para várias pessoas no caminho e fomos muito bem orientados a chegar na Igreja do Rosário e dali pra frente o GPS voltou a cumprir bem a sua função. Agora para o próximos que forem fazer este pedal, isto não será mais problema!

Fica aqui meu agradecimento aos parceiros Marcos Goes e Raphael Barbosa pela parceria, paciência e companheirismo. 

Que venha  sandice III

Veja abaixo algumas pictures do pedal e/ou
para ver o álbum completo


















136 Quilômetros
003 Participantes
001 Investimento em terras
000 Pneus furados
151.258 Subidas
000.127 Descidas
022.578 Pães de queijo (em homenagem ao Marcelo Schio)

MOGI MIRIM x SERRA NEGRA


09/07/2013 - Feriado em São Paulo e fui até a cidade de Mogi Mirim para reencontrar alguns amigos e assim fazermos mais um pedal.

Saímos as 07h00 tendo como destino a cidade de Serra Negra e o pedal rolou tranquilo e com pouquíssimas paradas. 

Logo pela manhã o friozinho estava presente, mais o astro rei surgiu e esquentou os esqueleto. 




A nota triste fica pelo fato da Trilha dos Doze esta realmente sendo asfaltada e assim serão 12 km a menos de terra para a prática do MTB.



Chegamos a Serra Negra por volta das 10h, Paramos na padaria, reabastecemos de água na bica e voltamos. A volta fomos pela trilha que nos leva a Teka de Itapira e antes das 13h30 já estávamos de volta em Mogi Mirim.












06 Participantes
90 Quilômetros
00 bike quebrada e/ou pneu furado

BREVET 300 - HOLAMBRA




29/06/2013 – Se alguém imagina que fazer um brevet 400, vai tornar um de 300 fácil, ledo engano!!
Literalmente cada prova é uma prova e vários fatores podem tornar uma pequena distância mais desgastante do que uma prova mais longa feita anteriormente.

Mais uma vez me aventurei em fazer uma prova de longa distância, esta foi em Holambra/SP no Brevet 300 km.

A prova teve a proposta de começar na cidade de Holambra e seguir passando pelas cidades de Artur Nogueira, Limeira, Araras, Leme, Pirassununga, Porto Ferreira, Casa Branca, Estiva Gerbi, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Engenheiro Coelho e retornando a Holambra passando novamente por Artur Nogueira.

Em minha casa, eu e o amigo Zwi as cinco da matina já estávamos de pé e tínhamos até as 6 horas para finalizar os preparativos, pois nesse horário chegará o parceiro de Audax Daniel e sua amiga Juliana. Todos prontos, seguimos então para o ponto de vistoria e largada da prova.


Por lá revemos alguns amigos como o Hermes, Marcelo e Barnabé do Bike Mogi. Encontramos também o Gustavo Cintra e Vitor da região do ABCD paulista.



E foi dada a largada para mais um grande desafio. Ao analisar a altimetria, já sabíamos que as subidas não seriam poucas e realmente não foram. Tivemos um acumulado em subidas que ultrapassaram os 4000 metros.

Juntos, saímos eu, Zwi, Gustavo, Daniel e Juliana. Destes, apenas eu quem estava de speed e os demais com MTB. Com isso o rendimento não tinha como ser igual e a cada quilômetro percorrido era normal eu abrir certa distância dos parceiros.

Esperei por eles para atravessarmos a cidade de Artur Nogueira e assim não correr o risco de ninguém se perder.

Depois disso, decidi espera-los no *PA1 que seria em Limeira. Quando faltavam cerca de 10 km para eu chegar no PA, deparei com um ciclista com a bike virada no gramado e perguntei se precisava de ajuda. O biker, Henrique que estava participando do Desafio 100k ainda não tinha habilidades para a troca de um pneu furado e parei para ajuda-lo. Câmara nova, calibrada e roda montada na bicicleta e segui no pedal. Após eu ter rodado uns 3 quilômetros numa descida gostooooza, percebi que havia esquecido a minha bomba de encher pneu lá onde ajudei o Henrique.
Que raiva do vacilo que dei!!! Confesso que o primeiro pensamento que me veio foi de seguir e deixar a bomba pra lá, mais pensei em entrar na noite, possivelmente sozinho, e se furar um pneu, eu sem bomba??
Voltei aquele morrinho para busca-la (6 km a mais de pedal). Chegando lá não tinha mais ninguém e muito menos minha bomba. Nisso chegou o Daniel e Zwi, contei o que acontecera e saí pedalando rápido para chegar no PA e tentar encontrar o Henrique com a bomba. Ainda bem que deu certo!
Reagrupamos e seguimos viagem com destino ao **PC1 na qual foi instalado na cidade de Porto Ferreira. Foram 76 km, todo o trecho feito pela Rodovia Anhanguera. Não tive problemas, mais o barulho de tantos e tantos caminhões, enche o saco! Este também foi um trecho complicado, pois nos esquecemos de rezar para “Nossa Senhora do Corta Vento” e o bendito vento contra soprou e soprou os 76 km INTEIROS!!!




Quando cheguei no PC1, cheguei e por lá fiquei aguardando os amigos e eles chegaram com tais informações: A Juliana não está bem e desistiu lá em Leme, Daniel não estava muito bem e igual ao Zwi precisava ir comer alguma coisa. Nisso chegou o Gustavo que havia passado direto do PC e voltou para carimbar o passaporte.

O Gustavo logo saiu em direção ao próximo PC e após algumas conversas com o Zwi, combinamos que eu os deixaria e seguiria viagem. Nesse momento, já passara das 15 horas e eu tinha cerca de três horas para tentar chegar no PC2 antes dele fechar e assim continuar na luta de brevetar essa etapa.

          Obs.: Daniel e Zwi, decidiram seguir no caminho traçado, porém ao perceberem que chegaria no PC2 já fechado, foram até o trevo da cidade de Tambaú e retornaram pelo mesmo caminho, totalizando assim um pedal de 255km. Parabéns guerreiros!!!!

Sai de Porto Ferreira “chinelando” e após alguns quilômetros, alcancei o Gustavo na qual fomos juntos o brevet inteiro.
Neste trecho, eram 50 km, porém com o maior desnível da prova e ainda com a pressão de que “será que vai dar tempo”??

Conseguimos! Chegamos ao PC2 Casa Branca, restava uma hora para o fechamento dele e essa diferença de uma hora nos acompanhou o resto da prova até o seu final.

Por lá almoçamos e jantamos, não havia tempo para descanso, pois o relógio não era nosso aliado e logo saímos e voltamos ao pedal em direção ao PA2 que ficava depois da cidade de Aguaí. Seguimos pedalando e vez ou outra vinha o pensamento de que não poderíamos ter nenhum tipo de imprevisto para não correr o risco de não dar tempo.

Não fizemos nenhuma outra parada que não fosse num PC ou PA. E as 23h50 estávamos no PC3, sentados no chão comendo um DELICIOSO Cup Noodles que a fantástica organização de São Paulo nos proporcionou. Qualquer alimento quente e salgado, que não fossem aquelas coisas que comemos para pedalar, seria bem vindo!

Agora tínhamos cerca de três horas para percorrermos os últimos 35 km até o final da prova e somente aí que tive a certeza de que o relógio voltou a girar ao nosso favor, pois tínhamos tudo para brevetar.

Antes de chegarmos no trevo de Artur Nogueira, haviam alguns pedaleiros que estavam “meio” perdidos e também ajudamos na orientação e chegamos todos em Holambra! Eu e Gustavo brevetamos com 18h50 de pedal, finalizando as 01h55 da madrugada.

Para este brevet, quando o assunto for condições climáticas, poderemos afirmar que o vento contra foi o maior complicador, pois não tivemos chuva nem frio, tanto é que fui prevenido com roupas de frio na mochila e que apenas as levei para passear, não usei nada!

Como sempre lições sempre ficam e pra mim fica claro que a falta de treinamento faz muita diferença. Eu não treinei o quanto queria e nem o que deveria para esta prova. A alimentação, hidratação, psicológico e equipamento em dia também são fatores importantíssimos para a consecução de um brevet, mesmo que ele seja de 200 km.

Mais uma vez se repete e as fotos apenas são tiradas no início do pedal, pois mais tarde, com o cansaço e as preocupações, fotos se tornam detalhes! Com isso, seguem abaixo as outras fotos que tirei e não coloquei lá em cima... rsrsrs















306 KM
204 Participantes
(69 Desafio 100 // 135 Brevet 300)
NENHUM PNEU FURADO!!!!

*PA = Ponto de Apoio (Parada opcional)

**PC = Ponto de Controle (parada obrigatória)