PEDAL DE CONFRATERNIZAÇÃO 2013



21/12/2013 - E não é que ele chegou novamente!!

2013 pedalou muito rápido e neste sábado fizemos o pedal de confraternização na cidade de Holambra. E o que está virando tradicional, o enceramento é feito na fábrica de cerveja artesanal.

Para os pedaleiros mais antigos no grupo, tínhamos uma surpresa, "o retorno" do guru Adriel Prateado Barbosa, porém, infelizmente a família não foi composta da forma que gostaríamos que fosse.. Presentes, eu, Adriel e Marcão, o Taquemassa.


Mais uma vez o pedal nos proporciona momentos e situações sensacionais. Não citarei nomes para não fazer injustiças esquecendo de alguém, mas tivemos 32 pedaleiros sendo que metade deles uns não conheciam os outros e novas amizades tiveram início nesse  pedal. 
Tivemos mountambaiqueiros de Holambra, de Jaguariúna (que vieram pedalando de lá), de Sumaré, Valinhos, Campinas... Grupo Mais Aventura muito bem representado e parceiros que de uma forma ou de outra fizeram "e fazem" parte do grupo no ano que finda.

Queríamos um pedal com percurso sem grandes dificuldades, então foram 46 km de pedal tranquilo e com muita proza, fortalecendo a amizade e abrindo espaço para as novas. A ideia deu certo!!
Os pedais difíceis, com grandes subidas, com obstáculos a serem ultrapassados... estes já rolaram o ano inteiro, agora o momento era outro.






A concentração se deu no estacionamento da cervejaria e de lá partimos em 32 pedalantes, o Alan de Jaguariúna ajudou registrando os momentos e junto com o Regis de Holambra nos ajudaram fechando o pedal. Lá na frente, fui conduzindo a galera e sempre tinha um parceiro novo do lado para conversarmos.

Na altura do km 25, fizemos a parada que levou maior tempo. Era uma mercearia, e a galera aproveitou para reabastecer de água, comer pão de queijo e tomar uma "koquinha". Seguimos nosso caminho e só na região do Palmeirinha (bairro de Holambra) tivemos três pneus furados, isso fez com que o pedal atrasasse mais um pouco... mas quer saber? Ninguém estressou com isso!!!


Nesse evento era perceptível que tinha pedaleiros com condicionamento melhor e nem por isso tivemos os famosos "vamo... vamo... vamo" sabe por que? O intuito do pedal foi entendido por todos e todos que estavam ali era para pedalar, não importava o ritmo.

Chegamos a cervejaria e montamos aquela mesa bonita, descontraída e por ali brindamos vááárias vezes, fizemos promessas de pedais, compartilhamos metas para o próximo ano e "lang leve de vriendschap"!!! VIVA A AMIZADE!!!

Crédito de fotografia: Alan Cesar e Guto Modesto
















46 km
32 participante
04 pneus furados
?? Canecas de néctar



BREVET 200 - CAMPOS DO JORDÃO




07/12/2013 – Brevet “extreme”, vamos lá!!!

Neste último sábado rolou o segundo Brevet válido pelo calendário 2014 do Audax São Paulo e desta vez o bicho foi bruto!

Brevet 200 Campos do Jordão, será que iria ter subida?

Comigo, embarcaram os pedaleiros Marcos Goes e Sebastião Valton, ambos estreantes no Audax. Saímos de Campinas na véspera, final de tarde e seguimos sentido a cidade de Taubaté. Viagem tranquila!

No hotel escolhido (escolha feita por custo) não tinha nada de luxo, mas foi o suficiente para tomar banho, dormir e tomar café. Ao chegar, arrumamos as tralhas e as bikes para o dia seguinte.


O DIA DO PEDAL:

Estávamos cerca de 20 km da concentração da etapa, que largaria da cidade da Tremembé. Com isso acordamos as 04h30 para nos arrumar, arrumar as bikes no carro e tomar café. Tudo sob controle e conforme planejado, saímos do hotel as 05h30.

Na concentração, Posto Castelão, foi muito bom rever os amigos pedaleiros e insanos. Fizemos a vistoria e agora é só aguardar o momento de começar a pedalar e só parar quando a distância pedalada atingisse 205km.
  
PC 00 ao PC 01 – Largada tranquila e aquela vontade de pedalar rápido já não ataca mais, passado alguns brevet’s o aprendizado ajuda, e saber o que vem pela frente é muito importante para a conclusão da etapa e poder morder a medalha!

No começo estávamos juntos (Eu, Tião, Goes, Richard e Daniel) um pouco antes do início da Serra Nova de Campos o grupo naturalmente dispersou e passei a acompanhar o “mano Tião”. Fizemos a prova praticamente juntos!

Na primeira grande subida com aproximadamente 9 km, subimos e nela encontrei os parceiros Edy, Ronaldo, André e Paulinho. Assim que cheguei à cidade de Sto. Ant. do Pinhal, parei para aguardar o Tião. Seguimos juntos até Monteiro Lobato, onde precisamos parar para reabastecimento de água, pois o PC 01 ficara a 90 km da largada. Como resolvi fazer sem mochila de hidratação, precisava me policiar para não dar pane seca.

Seguindo em direção a São Francisco Xavier ainda tinha uma subidinha bacana e foi aí que minha mão começou a reclamar, pelo fato de ter ficado a semana anterior engessada, reclamou um pouco, mas vamos que vamos.
Antes de chegarmos no PC 01 pegamos uma senhora descida, muito, mas muito da hora. Cheia de curvas e com um visual fantástico. Essa descida, fizemos juntos com um pessoal (speed) próximo da cidade de Maringá/PR e ficamos nessa de cada hora um passava o outro.
Na última subidinha, e como estava próximo do PC, decidi espera-lo no Ponto de Controle. Por lá fui comprar uma Coca e quando voltei o parceiro Tiones já estava por lá. Percebi que estava “meio” estranho, com aquele jeito de quem estava prestes a abandonar... “Tiones, vamos que vamos, estamos juntos nessa”... No momento em que descansávamos um pouco, ele pega o celular e vê uma mensagem da Mônica, sua esposa e aí o cabra ficou envenenado e seguimos viagem!! rsrsrs


PC 01 ao PA – Esse trecho tinha cerca de 57 km para pedalarmos e vou te falar uma coisa, o Astro Rei resolveu dar o ar da sua graça e o bicho pegou. Local com umidade elevada, subidas e a sensação térmica beirando os 40º. Foi literalmente um inferno!

A única coisa que lembrávamos era da tal senhora descida, muito, mas muito da hora. Cheia de curvas e com um visual fantástico... pois é, agora seria o contrario, e ela se tornaria uma baita subida, cheia de curvas e com um visual que não dava pra perceber...rsrsrsrs

Nossa sorte é que aproximadamente na metade dela existe uma biquinha d’água onde nos refrescamos. Só não entramos de corpo inteiro, porque não cabia na “bacia”!

Isso ajudou muito e deu um “up” para prosseguirmos. Foi nesse trecho em que o amigo Richard Porcel, estreando sua speed, se juntou a nós em uma das paradas e foi também onde conhecemos o Mister Zé Mário, na qual pedalamos um bom trecho juntos.

A chegada até o PA não foi fácil, porém a “marvada” estava por vir!!!


PA ao PC 02 – Neste ponto, paramos, tiramos a sapatilha e refrescamos a cabeça, pois estava por vir a subida mais longa da prova. A Serra Velha de Campos do Jordão com seus 13 km ininterruptos.

Depois de descansar por alguns minutos, tchau... tchau... tchau....
Giramos por mais um quilômetro e começamos a última das subidas nível “marvada”.

Existem subidas:
- Legais
- Bacana
- Boa
- das Boa
E as marvada

Na subida, como cada um foi no seu ritmo, fiz duas paradinhas e na última o Tiones chegou. Eu já estava sentado e ele fez o mesmo. Nos recompomos e continuámos a subir. Naquela altura calculamos que faltariam uns 6 km de subida.
No decorrer da subida, me deparei com três homens conversando e perguntei “Tarrrrde?” “Moço essa bexiga não acaba não?”

A resposta veio.... “hahahahahaha   caba, farta só uns 02 quilômetros”

Fiquei feliz, mesmo eles tendo errado por dois... na verdade restavam 4 quilômetros.

Subimos 13 para descer apenas 3 km. Logo entrei em Campos do Jordão e fui direto para o PC 02. Por lá também esperei no máximo 10 minutos e o parceiro chegou.

Nesse momento eram cerca de 17h30 e como estávamos com tempo para fechar a prova decidimos fazer uma meia hora por ali. Pena que o Amigo Pedrão queria cortar o nosso barato e o tempo começou a fechar e uns pingos começaram a cair.
Descer a Serra nova de Campos com chuva ou estando molhado, não estava nos planos e resolvemos “picar a mula”!

Neste PC tivemos a possibilidade de conhecer melhor o pedaleiro Gustavo Pomari, na qual confesso que por não saber o nome dele, pra mim era o “Mister Bob”. Por conta de seus cabelos estilo Bob Marley. Muito gente boa!!!!


PC 02 ao PC FINAL – Com o tempo fechando (chuva), paramos com o descanso e antecipamos a nossa saída. Chegamos em Capivari com tempo sobrando e a certeza da conclusão do brevet!

Até então pedalei o tempo todo com o kit Toni Ramos a mostra (camisa e colete abertos), porém como a descida da serra seria longa... ziiiiipppp, fechei tudo, acendemos as luzes (ainda não estava escuro, foi por precaução) e zarpamos.

Depois do contorno em Capivari e passando debaixo do teleférico uma voz surge “Ai irmão, vou descer com vocês” – Era o Bob... Gustavo. Tamo junto!!

A descida foi muito legal, uma sensação muito boa de missão concluída. Mesmo faltando alguns quilômetros tínhamos tudo para fechar com sucesso. É nessa hora que o Gustavo me cumprimenta dizendo, “fechamos, acabou” e eu digo para o Tiones... “Tião, agora é só levar o carro pra garagem”!!!


Considerações:
No final, sempre tem aquela excelente sensação de vitória e a esplendorosa recepção dos organizadores e dos amigos que já lá estavam e que sempre recebem com palmas e barulho. #Isso é muito bom!!!

Mister Goes terminou sua prova com o excelente tempo, concluíra as 17h30.

Eu e o parceiro Tiones finalizamos as 19h12.

Todo brevet pode ter quilometragens semelhantes, mas nunca um será igual ao outro. Cada um terá sua dificuldade, cada um terá o seu aprendizado, cada um com a sua superação e todos com a alegria de rever os amigos, superar seus limites e chegar ao final.

Nem sempre isso será possível, afinal, somos humanos. A máquina pode reclamar um dia e mandar avisos. No entanto, nunca desistimos, apenas adiamos a conquista. Parabéns aos que brevetaram e mais parabéns para quem, por algum motivo, não concluiu. Vocês são feras e saíram da zona de conforto!!!

Obrigado Ana Paula (esposa) por me passar tranquilidade e força para mais essa conquista e obrigado aos filhos por me permitirem esse período ausente.
















Nas minhas marcações ficaram registrados:
- 205 km pedalados
- 3.428 de acúmulo de subidas
- 12h15 de prova
- 20,6 km/h foi a média “pedalada”
- 78 km/h foi a velocidade máxima
- 1.648 foi o ponto mais elevado no pedal
- 41º graus foi a maior sensação térmica
- 129 batimentos por minuto foi a minha média cardíaca
- 00 pneu furado e/ou bike quebrada