SALESÓPOLIS x CARAGUATATUBA - CAMINHO DAS PEDRAS


16/02/2013 - Chamar o pedal de Descida para Caraguatatuba é no mínimo curioso!!

Nossa aventura ciclística deu início as 22h00 de sexta-feira (15/02/2013) na qual passei nas casas dos pedaleiros Marcos Taquemasa e do Tiones e seguimos para Campinas/SP embarcar com a galera no ônibus que nos levaria primeiro para Americana/SP pegar mais pedaleiros e na sequencia irmos para a cidade de Salesópolis a cidade onde nasce o Rio Tietê.



Tudo dentro do programado e organizado pelos amigos Dú Gomes de Campinas e Medina de Americana, chegamos ao ponto inicial do pedal dentro do horário programado, arrumamos as magrelas, tomamos café, registramos o momento e caímos na trilha!




Nos 71 km percorridos desta trilha até Caraguatatuba, acumulamos um pouco mais de 1900 metros de ascensão. Sendo assim como podemos afirmar que estaríamos "descendo" para o litoral? Será que Caraguatatuba fica no alto ou será que o nível do mar não tem mais a altitude "zero"??? rsrsrs


A impressão que tínhamos era de que estávamos escalando uma montanha em alguma cidade de Minas Gerais na belíssima Serra da Mantiqueira.

Analisando a altimetria, fomos cautelosos com os primeiros 26 km pois seriam de subidas, porém a dificuldade deste trecho não foi tanto pelo grau de inclinação ou pelo tamanho das subidas e sim pela quantidade de pedras, pedras soltas que nos faziam perder a tração em determinados momentos.

A beleza do percurso impressiona. Tão logo entramos na estrada de terra, a vegetação nos brinda com araucárias e pinheiros proporcionando um belo visual. As subidas começam logo no primeiro quilômetro e são uma constante até os dez últimos quilômetros do roteiro.




Chegamos na Pedra do Mirante que fica na altura do KM 26, com suas antenas que podem ser avistadas estando lá em Ilha "sempre" Bela e de onde se poderia avistar o mar ao longe se não fosse a vegetação e árvores altas.

Neste ponto aproveitamos para agrupar alguns que já estavam chegando, tiramos algumas fotos e aguardamos o carro de apoio para reabastecermos com água e comer alguma coisa. Este é o ponto mais alto do percurso, porém é ingênuo pensar de que agora teremos somente descida até o litoral, pois pra mim daqui por diante foi mais cansativo do que os 26 km que já havíamos percorrido.







Tivemos mais descidas do que no início, porém com muitos buracos, pedras, degraus de asfaltos irregulares, pedras, valetas, pedras, curvas que te tiravam do rumo e pedras. Também seria ingênuo imaginar que nas descidas teríamos descanso pois se soltar o freio as pedras com certeza fariam com que comprasse um terreno fácil!!!

Ao longo do percusso é fácil de se ouvir o barulho de água caindo, seja numa cachoeira, num rio ou um simples filete de água em meio a vegetação que margeia a trilha. Aproveitamos para nos refrescar, pois o calor estava começando a castigar, a água na mochila acabando ou quente e a umidade nos fazia derreter e imaginar estarmos numa panela de pressão. Quando parávamos para descaçar ou para pegar água, prepare-se para o ataque dos pernilongos que picavam mesmo por cima da roupa.




A Estrada da Petrobrás, também conhecida como Estrada do Sol, serve como acesso para os veículos de manutenção do oleoduto que liga o porto de São Sebastião as refinarias do Estado de São Paulo, como a Replan na cidade de Paulínia, interior paulista. Os dutos acompanham o roteiro quase na totalidade do trajeto pedalado, ora pela esquerda, ora pela direita.


Num determinado trecho da trilha, e acompanhados do GPS percebemos que não teríamos mais bifurcações e como os amigos estavam aproveitando os riachos e cachoeiras, eu e o parceiro Leo  Oberer decidimos tocar em frente e esperar a galera no ponto final da trilha.

Rapaz, pra acompanhar esse cabra deu trabalho!!!  Em algumas subidinhas cheguei a falar pra ele "estou desmotivando se continuar a subir assim"....rsrsrsrsrsrs
Apesar do cansaço, fomos juntos e um motivando o outro! No trecho da descida final, descida mesmo e final mesmo, teve um momento que a bike parecia um cabrito de tanto que pulava nas pedras e buracos que mesmo com freios hidráulicos precisamos fazer mais uma paradinha para descansar.

O final da trilha fica logo após uma ponte sobre um rio na qual a turma local aproveita para diversão na água e tem um boteco logo depois (detalhe que na trilha inteira existem apenas dois botecos) que pode servir de apoio para uma hidratação que não seja água.

Passando pelo boteco, chega-se no asfalto e são cerca de 6 km para chegar na BR que liga Caraguatatuba à São Sebastião. A partir daí é só seguir o seu caminho para onde deve ir.

Na Colônia de férias do Bancários, nosso ponto de concentração, aproveitamos para pegar uma piscina, tomar um belo banho e esperar o horário do jantar. Logo após o jantar, juntamos as tralhas arrumamos as bikes e as 20h pegamos o rumo pra Campinas. 




Daqui em diante não tenho e não posso postar nenhum comentário, pois não sei nem que caminho o motorista pegou e só fui acordar quando já estávamos na Rodovia Dom Pedro.

Pedal muito show e já deixo registrado, se não está bem condicionado e caso não tenha habilidade num pedal técnico não encare essa trilha pois ela em alguns momentos chega a ser traiçoeira com o tipo de terreno e pode causar um tombo feio. Treine, aprimore-se e embarque nessa aventura, tenho certeza de que ira curtir!!


71 Quilômetros
32 Participantes
03 Pneus furados
04 Compras de terreno
Organização: Dú Gomes e Marcos Medina
Participação: Domingueiras Bike / Mountain Bikers Brasil / Limeira Bike Clube / Americana Bike Clube


CLIQUE NOS NOMES ABAIXO E VEJA MAIS FOTOS DO PEDAL

FOTOS by JOTA
FOTOS by DÚ GOMES
FOTOS by TIÃO