AUDAX - BREVET 300



16/03/2013 – Mais uma sandice que deu certo!!!

Na sexta-feira que antecedeu o Audax (Ciclismo de Longa Distância), fui trabalhar normalmente e no final do dia encontrei o Guru Zuzu (Zwi) em Valinhos para seguirmos para a cidade de Boituva, interior de São Paulo.

Caminho tranquilo e rápido, chegamos ao hotel por volta das 20h e lá encontramos o parceiro Gleison que já estava na cidade desde mais cedo se aclimatando. Arrumamos as tralhas e fomos procurar algum local para jantarmos, e fizemos isso no restaurante Garrafão. Muito bom no atendimento e no tempero, recomendamos!

Voltamos para arrumar as coisas do pedal e tentar dormir, pois o dia seguinte começara as 04h45 da madruga. E quem falou que alguém conseguiria dormir? A ansiedade foi em parte culpada, porém outra parcela de culpa foi do ilustríssimo ventilador de teto.

Dormimos muito pouco pelo desafio que nos aguardava, mais não tinha o que fazer. Levantamos e as 05h30 já estávamos a postos na praça da prefeitura local para realizarmos a vistoria do Audax 200 e 300 km. Feito isso, retornamos para o hotel e tomamos um belo e reforçado café.





Quando retornamos ao ponto da largada, podemos encontrar vários parceiros como o Daniel, Richard, Gustavo e Ronaldo, que junto com o Gleison são do ABCD Paulista.

As 07h00 em ponto, foi dada a largada para os pedaleiros do Brevet 300 na qual vou descrever nossas horas de selim. E em seguida, largaram os bicicleteiros do Brevet 200.

Bom, na largada saímos juntos eu e o Gleison e fomos assim até muito próximo do PC01. Revessando vácuo entre eu, ele e mais um ou outro que aparecia, fizemos a primeira perna com média superior a 30 km/h. PC01 abriria as 09h30 e chegamos nele antes da abertura.

Quando estávamos saindo do PC eis que chega o guerreiro Daniel, na qual falamos pouco... “nós encontramos no PC02 ok?”

Na segunda perna do percurso, assim que entramos na subida da Serrinha de Botucatu o parceiro Gleison impôs o seu ritmo e “vasou”.
Mais a frente começou a chover, nada forte, mais que molhou bastante.

Faltando cerca de 4 km para o final, em uma das minhas paradinhas para refrigerar a válvula eis que chega novamente o guerreiro Daniel. Chegamos no PC02 juntos e descansamos, almoçamos, alongamos e envenenamos.

Quando estávamos pra sair, chegou outro parceiro, Mister Richard e seguimos os três juntos... ou quase... quando sairmos do PC02 o pneu do Richard furou, cerca de uns 20 km à frente o meu furou, rodados mais uns 10 km furou mais um meu, a partir desse momento passei a pedalar sozinho. Quando cheguei ao topo da serrinha de Botucatu acabou a minha água e quase no final da descida da serra furou o meu pneu pela terceira vez. Que saudade que deu da Gertrudizz!!! Observação, acostamento muito rugoso, com muitos trechos esburacados e com muita sujeira.

Escureceu e ainda faltavam uns 15 km para eu chegar no PC03. Confesso que a determinação estava em 100% mais a motivação na casa dos 70. Porém, para minha alegria, ao chegar no PC03, Daniel e Richard estavam a minha espera. Cara, isso foi como uma injeção de GU direto na veia!!! Fomos comer alguma coisa (como era horário de jantar) e seguimos para desbravar os 80 e tantos quilômetros que nos separavam do final do Brevet.

Quando faltavam 29 km para o final, o que veio acontecer pela quinta vez conosco? Mais um pneu furado, desta vez do Richard. Paramos, arrumamos e descansamos.

Neste trecho duas turmas de três pessoas cada nos alcançaram e fomos praticamente todos juntos. Sempre uma turma abrindo mais do que a outra, mais sempre com o brilho dos faróis sendo vistos ao longe.

Quando avistamos a placa “Boituva 10 km” foi novamente como uma injeção de GU e não sei onde encontrei aquele giro, mais me distanciei da turma e antes de entrarmos na cidade, parei para esperar todos.

Todos dentro da cidade, também encontrei um giro legal e fui assim até o ponto final para brevetar os 300 km em 17h44. Logo em seguida a turma foi chegando.

Antes de poder tomar um belo banho e capotar na cama, ainda tínhamos uma missão, rodar de carro no centro da cidade para encontrar o carro do Richard e Daniel que nem eles sabiam onde estava... rsrssrs

Agora sim, banho e cama!!! No dia seguinte ainda acordamos cedo, tomamos o café com a turma e seguimos o caminho de casa.

PARABÉNS a todos os participantes, mesmo não brevetando!

E parabéns especial aos amigos. Todos que foram, brevetaram:

200 km = Zwi, Gustavo e Ronaldo
300 km = Jota, Gleison, Daniel e Richard

Que venha o Brevet 400......

Serra Negra



03/03/2013 – Neste dia fizemos o tradicional pedal Jaguariúna x Serra Negra e o fizemos pela trilha dos Macaquinhos.

Nós reunimos na cidade de Jaguariúna e por volta das 7h estamos a postos em oito amigos para fazermos esse pedalzinho com 99 km que podemos colocar que foram 100 tranquilamente.





Dos oito participantes, sete ainda não tinham feito essa trilha e isso é muito bacana, pois sempre temos caminhos novos por descobrir. Pedal novo é sempre bom!!!

Começamos o pedal e no caminho para o bairro do Florianópolis encontrei dois amigos Emerson Orci e Emerson Barros fazendo um pedal desta vez de MTB.

No início, tivemos um e único contra tempo de pneu furado. Jogo rápido na troca e seguimos viagem.

O terreno estava excelente, de por inveja em muitos asfaltos por aí, e o pedal rendeu bem até chegarmos à Vila de Pantaleão. Daí em diante é praticamente subida... subidas com alguns poucos trechos que dá até pra aliviar as pernas e com trechos muito bonitos com lagos, rios e um visual maravilhoso visto entre as plantações de café. Trechos com cafezais que até nos fez lembrar de Andradas/MG.




Antes da subida do Café, paramos na beira do lago, onde tem uma sombrinha e um ponto de reabastecimento de água, ali a galera aproveitou para se refrescar e assim continuarmos a encarar as subidas.



Chegamos a Serra Negra e fomos almoçar, acreditem desta vez tinha lasanha!!! E após encher a pança fomos à parada tradicional na fonte para nos arrumar e seguir no caminho de volta.

Na volta, uma decepção para os adeptos ao MTB, o trecho que hoje é de terra que liga Serra Negra até a pista de Itapira x Amparo está sendo asfaltado, ou seja, mais 12 km de trilhas de terra que perderemos!

O trecho do canavial de Sto. Ant. de Posse que sempre é temido pelo calor assombroso que faz mesmo em dias nublados, nos deu uma pequena trégua e que mesmo assim a sensação térmica chegou ao top de 39°.

Passei a incluir no roteiro deste pedal, passarmos por dentro da cidade de Posse, apesar de ser asfalto, depois de cruzarmos um calor da “moléstia” no tal canavial a lojinha de conveniência passou a ser um importante ponto de hidratação e alimentação. E não foi diferente desta vez, fizemos uma parada rápida e fomos encarar os km ’s finais até Jaguariúna, passando pelo antigo bairro de Guedes, onde teve restaurada a casa da estação de trem da época da Mogiana.

Em Jaguariúna também como já era esperado, fomos tomar “aquele” açaí na Sorveteria Abrolhos, o melhor que já tomei e continuo tomando!!


Momento Cultural*

HISTÓRIA PANTALEÃO:
Histórico da Linha: O ramal de Serra Negra, construído pela Mogiana entre 1889 e 1892, chamava-se inicialmente ramal de Silveiras e tinha bitola estreita, de 60 cm. Funcionou até 1956, quando foi desativado em toda a sua extensão, devido principalmente à queda da cultura do café nessa região a partir dos anos 1940.

A Estação: A estação de Pantaleão foi inaugurada em 1899, como ponta de linha provisória do ramal, assim permanecendo durante quase um ano, até a abertura da estação seguinte (Brumado). Ali, contam as histórias de fazendeiros da região, existia uma farmácia, cujo dono, um farmacêutico de apelido “Barbudo”, visitava as fazendas da região, sempre montado na sua mula. A vila em volta foi a que mais se desenvolveu entre as estações intermediarias do ramal de Serra Negra. Desativada com o fim do ramal em 1956, serviu de parada de ônibus para a vila de Pantaleão. Pode ser alcançada entrando-se numa estrada de terra, que sai à esquerda da rodovia Amparo-Itapira, sentido Itapira, estando o lugar a uns 500 metros do asfalto. Em 2010 o prédio estava servindo como igreja.



HISTÓRIA GUEDES:
Histórico da Linha: A variante Guanabara-Guedes foi entregue pela Mogiana em 1926 e 1945, e alterou primeiro o trecho do tronco original até Desembargador Furtado (1926). Mais tarde, chegou até Carlos Gomes (1929), e finalmente a Guedes (1945). Apenas a estação de Guanabara permaneceu onde estava, reformada. As outras tiveram versões novas. Em 1977, a variante, que se tornou tronco nova da Mogiana naquele trecho foi desativada pela já operante Fepasa. Na mesma época, parte do trecho (Anhumas-Jaguariúna) foi entregue à linha turística da ABPF, tornando-se a V.F. Campinas-Jaguariúna. Em 1984, o trecho foi reduzido até sobre o rio Jaguary, com a desativação da estação de Jaguariúna.

A Estação: A estação de Guedes-nova, inaugurada em 1945, substituiu a antiga, na época da retificação do traçado depois de Jaguariúna. A estação foi construída nos anos 1940 e há uma nota curiosa publicada no jornal Folha da Manhã, de São Paulo, sobre o seu local: “Os agricultores e sitiantes residentes nas proximidades da estação de Guedes, em memorial que endereçaram à diretoria da Cia. Mogiana, mostraram os inconvenientes da mudança da estação para outro ponto, em consequência da retificação do traçado da linha da referida estrada, serviço esse que está sendo feito. Nesse memoria, os seus signitários fazem sentir que o local escolhido para a nova estação, além de ficar afastado das suas propriedades e em situação menos accessível aos lavradores, as terras circunjacentes ficam alagadiças por ocasião das chuvas. Para evitar esses inconvenientes, a firma Machado e Santiago, proprietária da Fazenda da Barra, pôs à disposição da referida companhia, sem ônus algum, mediante doação a título gratuito, o terreno de sua propriedade que ele achar conveniente, destinado à nova estação de Guedes”. Teria a Mogiana aceitado a troca e mudando a posição da então futura estação nova? Ou não? O fato é que a estação ficou pronta e foi entregue em 1945. Quase trinta anos depois, Guedes-nova foi uma das poucas estações da velha Mogiana que permaneceu no leito da linha, quando do novo traçado da variante de 1973. Os trilhos, vindo de Boa Vista, Alcançaram esta estação, passando por fora de Campinas e Jaguariúna, através de Paulínia. No entanto, hoje o prédio está em mau estado, e quando da colocação da nova linha, a plataforma e sua cobertura foram demolidas. Os trilhos praticamente encostam no prédio.
Depois de servir como moradia e depois ser abandonada por anos, o prédio foi reformado e no início de 2012 tornou-se centro cultural do bairro.















08 Participantes
(Jota / Raphael / Marcão / Fernando / Marco Goes / Marcelo Schio / Carlos / Marcos Taquemasa)
100 Quilômetros
01 pneu furado